sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ESSA NOITE


Eu tinha o maior xodó por essa música!
Ela tinha uma levada meio rock nacional dos anos 80, principalmente no refrão.

Gosto dessa letra. É uma história sobre uma garota que cansa de perdoar os vacilos do namorado, e resolve chamar sua melhor amiga pra saírem pra balada. Achei interessante escrever sobre outro ponto de vista. É claro que está anos-luz longe da estética Buarquiana perfeita, mas deu pro gasto. =)

Tocamos essa em vários shows, mas depois de um tempo, ela começou a destoar do resto das músicas que estávamos fazendo, então, deixamos de lado. Talvez um dia ela volte, vamos ver. Mas enquanto isso, tem um registro ao vivo no YouTube. Vale a pena conferir!


ESSA NOITE
(andersoN / Marcos Almir)

Eu posso mais negar
E fingir que não há nada acontecendo
Que tudo ficou bem

Essa agora foi demais
Mas eu nem quero pensar história
Preciso espairecer.

E hoje eu vou sem pensar em uma direção
Pra onde o vento levar é lá, então
Resolvi te ligar, e num convite então
Te mostrar, que tudo que interessa é ser feliz

Vem que o dia já tem pressa pra nascer
E essa noite eu só quero esquecer
De tudo aquilo que me possa fazer mal
Me dê uma coisa, qualquer coisa, um alívio pra rir no final

Não espero o amanhã
Difícil é recomeçar do zero
Mas que escolha eu posso ter?

Pois que seja mesmo assim
Melhor que insistir nessa mesma tecla
Não quero mais sofrer

E hoje eu vou sem pensar em uma direção
Pra onde o vento levar é lá, então
Resolvi te ligar, e num convite então
Te mostrar, que tudo nessa vida passa
E o que importa mesmo é ser feliz

Vem que o dia já tem pressa pra nascer
E essa noite eu só quero esquecer
De tudo aquilo que me possa fazer mal
Me dê uma coisa, qualquer coisa, um alívio pra rir no final

De tudo que ficou pra trás
Tristeza, agora? Nunca mais!
Eu sei que tudo vai passar
Vai passar


sábado, 27 de agosto de 2011

DIÁRIO DA GRAVINA - DIA 1



Falaí, rapaziada!

Durante os próximos dias, vou usar meu humilde blog para documentar meus dias de gravação de voz para o disco do RE-VOLT. Devia ter escrito no mesmo dia em que rolou a primeira sessão (22/08), porém o cansaço me impediu. Mas antes tarde do que nunca, certo? ;)

Antes de começar, um resuminho básico: Estamos gravando nosso disco de estréia com o Patrick Laplan (Hermanos, Rodox, Biquini, Eskimo). Já matamos guitarra, baixo, bateria e alguns complementos (teclados, samples, etc). E eis que finalmente, chegou minha vez de botar a mão na massa!

Depois de um engarrafamento de leve, eu e Marcos (guitarra) chegamos um pouco atrasados. Mas depois de algumas conversas, piadinhas e ajustes no som, era hora de trabalhar.

Resolvi começar por “24 Horas” por ela ser mais simples e linear, sem muitas variações vocais. Assim, pouparíamos tempo (e voz) para a próxima música, que exigiria um pouco mais do gogó.

Essa é uma música curta e grossa, e na minha (nada) humilde opinião, possui todos os ingredientes que um bom Rock deve ter: riff pegajoso, refrão marcante, cozinha reta e consistente, e um solo de guitarra bem nervoso.

Sempre quis escrever uma letra festeira sobre noite, diversão e carros velozes. Algo meio Van Halen, meio Barão Vermelho... Aquela época em que o Rock ‘n Roll era feito pra se divertir e paquerar, diferente dessa choradeira pseudo-poética de hoje em dia. Não sei se um dia vou conseguir chegar perto dessa galera que eu citei, mas sei que vou me divertir bastante tentando! ;)

Filosofias à parte, até que matamos “24 Horas” rapidamente, em poucos takes. Essa música tem versos curtos e um refrão simples. O grande diferencial mesmo foram uns coros ao melhor estilo “Galerão do Brooklyn” que gravei junto com o Marcos e o próprio Patrick. Todos juntos, numa vez só. Modéstia à parte, ficou foda!

Terminada a primeira parte, um descanso rápido. Depois de alguns copos d’água, ouvir um pouco de 311 e Sublime With Rome (Sonzeira! Recomendo!) e conversas sobre biografias, bandas que gostamos, mas temos vergonha de admitir e outras zoeiras, hora de voltar ao batente.

A próxima foi “XTC”, uma música que serviu de transição pro RE-VOLT. Foi a partir dela que começamos a buscar novos caminhos para o nosso som. E, se “24 Horas” foi rápida e rasteira, essa foi quase um rock progressivo: sussurros, gritos, corais... Uma verdadeira zona.

A letra é sobre sexo, outro assunto que eu sempre procurei abordar, mas nunca de forma direta (“Sem Direção” é um pouco sobre isso; falarei sobre ela num outro dia). Mas de uma forma mais subjetiva e envolvente, não putaria pura e simples. Pra isso já tem o Funk Proibidão e seus congêneres... =P

Até que essa deu um pouco de trabalho: backing vocals, vozes sobrepostas, partes que alternam calmaria e agressividade. Marcos e Patrick opinaram bastante nela. Chegamos a quebrar a cabeça num determinado momento, mas chegamos à solução sem problemas.

Quem me acompanha sabe que eu gosto de cantar de modo rasgado, coisa de quem um dia foi imitador de James Hetfield. E, no final da música, onde o refrão se repete, fui me empolgando e aumentando a dosagem, até chegar ao ponto que os primeiros refrões ficaram leves em relação ao final. Então eu os regravei, pra deixar tudo na mesma vibe da paudurescência.

Fim da sessão. Trocamos umas últimas idéias com Patrick e partimos pra curtir mais um engarrafamento. Marcos foi pra Casa dos Artistas e eu segui rumo à cidade-fantasma.

Resultado final: 02 músicas inteiras em 04 horas. Nada mal, não acham? Cheguei a pensar que não conseguiria, já que estava recém-saído de uma gripe, mas correu tudo bem.

Infelizmente, ainda não recebi as fotos que tiramos no dia. E se eu tivesse que esperar, esse texto ia perder a novidade. Então, aqui está. Na próxima segunda-feira tem mais gravina! Espero que tenham gostado!

Até o próximo post!!!
 
ROCK ON!!!

P.S: Pra quem não conhece o RE-VOLT, conheça nosso site oficial!!
http://www.revoltoficial.com.br

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ele me presenteou.Ele me presenteia.Ele me aprecia.
Mesmo que eu vivesse mil vidas...o sentimento nunca iria parar.
Ele escreveu esse texto e me mandou por e mail.Eu só pude ler hoje de manhã.
Se você nunca chorou por amor pela manhã não sabe o que é sentir seu coração prestes a explodir.
(Bah Bee)


                                              Estrelas






Ela parecia tocar as estrelas
E sem querer tocou minha alma
Vida nova que pulsa em meu peito
E me expulsa da dor

Suas mãos dançavam no ar
Como se pudesse pintar o céu
Não consegui escapar do encanto
Que congelou meu olhar

Eu não pedi pra ficar assim
Agora me procuro em você

Estenda a mão pra me buscar
Isso é tudo que eu te peço
Cada instante ao seu lado
É uma brisa que me aquece

Por um momento, o mundo lá fora
Simplesmente deixou de existir
Se for um sonho, não me acorde
Não há mais porque despertar

Construí um futuro dentro de mim
Onde os céus não têm mais nuvens
Pra que você possa sempre alcançar
As estrelas do meu firmamento

Porque tudo de melhor que tenho
Está aqui, diante de seus olhos

Estenda a mão pra me buscar
Isso é tudo que eu te peço
Cada instante ao seu lado
É uma brisa que me aquece

Ela parecia tocar as estrelas
E sem querer tocou minha alma...
                                                         




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ENTREMUNDOS

Esse texto simplesmente acabou de sair, como se estivesse sido psicografado.
Não me perguntem, porque eu também não sei como foi isso.
Tempo que isso não acontece... Mas até que foi bom.


ENTREMUNDOS

Parece que sempre foi minha sina caminhar entre os mundos
E agora isso se comprova com mais força
Sendo todo mundo e, ao mesmo tempo, ninguém
Aparecendo em toda parte, e em lugar nenhum

Chego sem fazer alarde
E saio deixando marcas e vestígios
Como um memorial vivo
Ou um fantasma que me acompanha

Tenho duas faces na moeda
Que me consomem por igual
Uma persegue a bela ordem
A outra baila e sangra no caos

Não pensava que ia ser assim
Mas aquele outro eu ainda me ronda
Retomarei meu lugar na Távola Redonda
Pois a morada não tem fim

terça-feira, 16 de agosto de 2011

FIM DA INOCÊNCIA

Essa foi a primeira da nova safra de músicas, que escrevemos logo após a leva inicial, com a qual começamos a banda, e que são justamente as que lançamos na rede (“Re-Evolução”, “Mesmo Sem Querer” e “Sem Direção”).

A letra fala sobre se libertar do passado e seguir em frente. Tanto eu quanto os caras estávamos em momentos importantes de transição. Não foi fácil recomeçar praticamente do zero, mas topamos o desafio e cá estamos.

Chegamos a tocá-la por um bom tempo. No começo, foi até divertido, e era diferente, porque o Marcos cantava algumas frases sozinho, o que era interessante. Mas por algum motivo, ela não estava fluindo como gostaríamos. Ela pedia um arranjo meio épico, cheio de climas... E na época, estávamos nos concentrando no combo “guitarra-baixo-bateria”. Então, decidimos deixá-la na gaveta.

Quem sabe um dia, ela volta... ;)


FIM DA INOCÊNCIA
[andersoN / Marcos Almir]

Mesmo forte
A dor é um sentimento que eu deixei
Por mal nenhum

Sangue inflama
E à tona vem o mundo que eu sonhei
Sem mais, eu vou

Plena
É a certeza
Que te deixa
Sem defesa

Mas não vou deixar
Que o gosto da vingança
Me enlouqueça

Mesmo forte
A dor é um sentimento que eu deixei
Por mal nenhum

Sangue inflama
E à tona vem o mundo que eu sonhei
Sem mais, eu vou

Lenda
Que se encerra
Pra que eu nunca
Me arrependa

Mas só vou lembrar
Que toda essa descrença
Não me levará

Mesmo forte
A dor é um sentimento que eu deixei
Por mal nenhum

Sangue inflama
E à tona vem o mundo que eu sonhei
Sem mais, eu vou

Esse abrigo é o meu lugar
Para assim, mais forte
Recomeçar

Onde eu possa consertar
a minha sorte
Talvez errando, eu possa me encontrar

Há tanto pra viver
E o viver é um só.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

TOMMY, GINA E TANTOS OUTROS

Seremos Tommy e Gina
E tantos e tantos outros
Que enfrentaram a tudo e a todos
E venceram

Vivendo em uma oração
como Eleonor e Sebastião
Que passaram por tempestades
E sobreviveram

Seremos John e Yoko
Cantados numa balada sobre o ontem
Quero uma história com final feliz
Mas sem ator e nem atriz

Ouviremos o que Frank disse e faremos do nosso jeito
Onde o azar não fará efeito
Em nossa estrada

Em um planeta longínquo, todo em prosa
Para um príncipe e sua rosa
Num real conto de fadas.


Escrevi baseado em personagens de algumas canções que eu gosto muito.
E também, porque ela me inspirou. ;)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ÀS FORRAS OUTRA VEZ

Dizer que essa foi a "primeira" música que eu escrevi é muito sério.
Vamos ficar combinados desse jeito: essa foi a primeira que eu não me senti envergonhado após escrevê-la, e nem na hora de mostrar pros caras da banda. Melhor assim, né? ;)
 
Essa eu compus com o Rodolfo Dantas, quando toquei no 288, lá pelos idos de 2001.
Era um punkzinho safado, meio Green Day.
Gostava muito dessa música. Me sentia muito bem ao cantá-la.
Uma pena não haver nenhum registro dela.


ÀS FORRAS OUTRA VEZ
[andersoN / Rodolfo Dantas]

Já não quero nem saber
O que vai acontecer
Estou cansado de viver
Simplesmente por viver

Todo o tempo que passou
Me mostrou o que eu já sei
Nada muda o que eu sou
Minha voz é minha lei

Vou às forras outra vez
Detonando como eu sei
Ninguém mais vai me dizer
O que eu tenho que fazer

E pra quem quiser saber
Quebro as regras outra vez
Nada mais vai me deter

Tudo o que ficou pra trás
O melhor é esquecer
Pois já é tarde demais
Pra poder se arrepender

Essa vida é assim
Uma luta até o fim
O amanhã pode ser seu
Hoje quem manda sou eu

Vou às forras outra vez
Detonando como eu sei
Ninguém mais vai me dizer
O que eu tenho que fazer

E pra quem quiser saber
Quebro as regras outra vez
Nada mais vai me deter