sábado, 27 de agosto de 2011

DIÁRIO DA GRAVINA - DIA 1



Falaí, rapaziada!

Durante os próximos dias, vou usar meu humilde blog para documentar meus dias de gravação de voz para o disco do RE-VOLT. Devia ter escrito no mesmo dia em que rolou a primeira sessão (22/08), porém o cansaço me impediu. Mas antes tarde do que nunca, certo? ;)

Antes de começar, um resuminho básico: Estamos gravando nosso disco de estréia com o Patrick Laplan (Hermanos, Rodox, Biquini, Eskimo). Já matamos guitarra, baixo, bateria e alguns complementos (teclados, samples, etc). E eis que finalmente, chegou minha vez de botar a mão na massa!

Depois de um engarrafamento de leve, eu e Marcos (guitarra) chegamos um pouco atrasados. Mas depois de algumas conversas, piadinhas e ajustes no som, era hora de trabalhar.

Resolvi começar por “24 Horas” por ela ser mais simples e linear, sem muitas variações vocais. Assim, pouparíamos tempo (e voz) para a próxima música, que exigiria um pouco mais do gogó.

Essa é uma música curta e grossa, e na minha (nada) humilde opinião, possui todos os ingredientes que um bom Rock deve ter: riff pegajoso, refrão marcante, cozinha reta e consistente, e um solo de guitarra bem nervoso.

Sempre quis escrever uma letra festeira sobre noite, diversão e carros velozes. Algo meio Van Halen, meio Barão Vermelho... Aquela época em que o Rock ‘n Roll era feito pra se divertir e paquerar, diferente dessa choradeira pseudo-poética de hoje em dia. Não sei se um dia vou conseguir chegar perto dessa galera que eu citei, mas sei que vou me divertir bastante tentando! ;)

Filosofias à parte, até que matamos “24 Horas” rapidamente, em poucos takes. Essa música tem versos curtos e um refrão simples. O grande diferencial mesmo foram uns coros ao melhor estilo “Galerão do Brooklyn” que gravei junto com o Marcos e o próprio Patrick. Todos juntos, numa vez só. Modéstia à parte, ficou foda!

Terminada a primeira parte, um descanso rápido. Depois de alguns copos d’água, ouvir um pouco de 311 e Sublime With Rome (Sonzeira! Recomendo!) e conversas sobre biografias, bandas que gostamos, mas temos vergonha de admitir e outras zoeiras, hora de voltar ao batente.

A próxima foi “XTC”, uma música que serviu de transição pro RE-VOLT. Foi a partir dela que começamos a buscar novos caminhos para o nosso som. E, se “24 Horas” foi rápida e rasteira, essa foi quase um rock progressivo: sussurros, gritos, corais... Uma verdadeira zona.

A letra é sobre sexo, outro assunto que eu sempre procurei abordar, mas nunca de forma direta (“Sem Direção” é um pouco sobre isso; falarei sobre ela num outro dia). Mas de uma forma mais subjetiva e envolvente, não putaria pura e simples. Pra isso já tem o Funk Proibidão e seus congêneres... =P

Até que essa deu um pouco de trabalho: backing vocals, vozes sobrepostas, partes que alternam calmaria e agressividade. Marcos e Patrick opinaram bastante nela. Chegamos a quebrar a cabeça num determinado momento, mas chegamos à solução sem problemas.

Quem me acompanha sabe que eu gosto de cantar de modo rasgado, coisa de quem um dia foi imitador de James Hetfield. E, no final da música, onde o refrão se repete, fui me empolgando e aumentando a dosagem, até chegar ao ponto que os primeiros refrões ficaram leves em relação ao final. Então eu os regravei, pra deixar tudo na mesma vibe da paudurescência.

Fim da sessão. Trocamos umas últimas idéias com Patrick e partimos pra curtir mais um engarrafamento. Marcos foi pra Casa dos Artistas e eu segui rumo à cidade-fantasma.

Resultado final: 02 músicas inteiras em 04 horas. Nada mal, não acham? Cheguei a pensar que não conseguiria, já que estava recém-saído de uma gripe, mas correu tudo bem.

Infelizmente, ainda não recebi as fotos que tiramos no dia. E se eu tivesse que esperar, esse texto ia perder a novidade. Então, aqui está. Na próxima segunda-feira tem mais gravina! Espero que tenham gostado!

Até o próximo post!!!
 
ROCK ON!!!

P.S: Pra quem não conhece o RE-VOLT, conheça nosso site oficial!!
http://www.revoltoficial.com.br

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